A Bacillus bacilo calmette-Guérin – Vacina BCG 2020 –  é uma vacina amplamente usada contra a tuberculose derivada de uma cepa não infecciosa do bacilo da tuberculose bovina (Mycobacterium bovis) e, principalmente, administrada a crianças pequenas. Geralmente, a única reação adversa à vacina é uma úlcera no local da injeção, que pode deixar uma pequena cicatriz.

Muito de vez em quando, no entanto, especialmente em crianças com sistema imunológico debilitado, a vacina pode causar efeitos secundários mais graves. Estes podem incluir infecções locais no local da injeção, que pode disseminar-se para os gânglios linfáticos, com lymphadenopathy, e os ossos, e até mesmo podem ser potencialmente fatais. Estas reações adversas à vacina da BCG é um risco especial para as crianças com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), em que a condição é conhecida como síndrome inflamatória de reconstituição imune por BCG (BCG-ÍRIS, sigla em inglês).

Em muitos casos, as infecções são resolvidos sem nenhuma intervenção, mas os tratamentos podem incluir antibióticos orais, aspiração com agulha, drenagem de abscessos e extração cirúrgica dos gânglios linfáticos infectados. Esta revisão foi realizada para tentar determinar a eficácia dos diferentes tratamentos. Ainda bem que é a única da vacinação infantil que a gerar um processo inflamatório de nível maior e que perdura mais do que 5 dias.

A revisão não encontrou evidências de qualquer benefício com o uso de antibióticos orais para tratar a doença local ou regional induzida por BCG. Em pacientes com cicatrizes que formam abscesso, a única intervenção com benefícios comprovados foi a aspiração com agulha de abscessos com ou sem injeção local do antibiótico isoniazida.

Com base nesses resultados, os analistas recomendam uma abordagem expectante, com visitas de acompanhamento para as reações menores e a cicatriz sem abscesso. Para acicatriz que forma abscesso, o que pode causar dificuldades e desconforto, recomenda-se a aspiração com agulha. No entanto, esta revisão baseia-se em apenas cinco estudos, os quais foram avaliados e tiveram testes de baixa ou muito baixa qualidade. Em consequência, os autores concluem que há uma necessidade urgente de mais e melhores estudos sobre as formas de prevenir e tratar as doenças induzidas pela BCG, especialmente o BCG-ÍRIS.